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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

"Plano e "Planejamento", As Palavras Da Moda


A crise se espalhara pelo mundo. A Alemanha fora a primeira a sentir . Os banqueiros não só cortaram os empréstimos como exigiram devolução dos u$$ 2,38 bilhões que haviam emprestado . A atitude praticamente paralisou sua produção industrial. Na América Latina, fortemente dependente da economia norte-americana, importações e exportações despencavam, como as do café brasileiro. Muito desesperados sociais começaram a questionar o absurdo de um sistema em que, para manter o preços, se queimavam trigo e café, se jogaram fora as laranjas, embora houvesse crianças morrendo de fome. A confiança nas virtudes da livre iniciativa era profundamente abalada. A única a não sentir a crise foi a União Soviética. Isolada do mundo capitalista , com uma economia altamente planificada, sua produção industrial triplicou no período. Ecoando de seus planos quinquenais , "plano' e "planejamento" tornaram-se as palavras da moda do mundo afora. Em toda parte a ideia de um "Estado Centralizador" das decisões econômicas , capaz de "dirigir" a iniciativa privada , ganhava corpo. Hitler , poe exemplo, introduziu  um plano quadrienal em 1933, enquanto o economista John Maynard Keynes (1883-1946) polarizava as discussões . Anticomunista  e crítico feroz do ultraliberalismo , Keynes defendia intensos investimentos estatais para tirar a economia do buraco em curto prazo. "No longo prazo estaremos todos mortos", diria ele, para quem o aumento de gastos por parte do governo era o único  modo de gerar empregos e renda em tempos de crise. Atento ao desemprego em massa e ao subconsumo gerado na crise, elaborou uma nova concepção teórica sobre o papel do Estado . O Estado deveria criar frentes de trabalho e apoio aos desempregados , recuperando os salários e, dessa forma, gerando as condições materiais mínima de realização da cidadania . Suas idéias serviriam de base teórica para o New Deal de Roosevelt.

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