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quinta-feira, 25 de maio de 2017

A Evolução Dos Lebistes


O lebiste , peixe de água doce com tamanho e manchas de cores variados e reprodução rápida , foi objeto de vários estudos sobre evolução , que mostraram que os machos de ambientes onde há muitos predadores são bem menos coloridos que os daqueles com poucos predadores. Isso porque, se machos mais vistosos podem atrair e fecunda mais fêmeas, também são mais evidentes aos predadores, e , em geral , morrem antes de se reproduzir. Na década de 1970, o zoólogo norte-americano John Endler colocou exemplares desses peixes em tanques sem predadores , e , após várias gerações, a população estava , em média, mais colorida.
Em seguida , em um dos tanques , ele colocou um peixe predador de lebistes, Crenicichla alta; em outro,  acrescentou um peixe que raramente os come, o Rivulus Harti, e deixou um terceiro tanque sem predadores. Após várias gerações , os lebistes do tanque com o predador voraz tinham muito menos manchas que os outros.Outros cientistas observaram que os lebistes que conviviam com predadores maiores e vorazes atingiam a maturidade sexual mais cedo e , em média, eram menores que os de locais com pouca predação. Uma possível explicação seria que a maior predação selecionou exemplares capazes de atingir a maturidade sexual em menos tempo e com tamanho menor , pois isso aumentaria as chances de sobreviverem e se reproduzirem antes de serem devorados.  Para testar essa hipótese, os cientistas transportaram  alguns lebistes dos locais onde havia maior predação para locais de menor predação . Após onze anos, os lebistes transportados para o novo local atingiam a maturidade sexual mais tarde e eram, em média , 14% maiores , mudança presente também na segunda geração de uma amostra desses peixes. Houve , portanto, evolução por seleção natural.

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