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quarta-feira, 2 de agosto de 2017

A Circulação

Em animais de pequeno volume, como cnidários e alguns vermes, ou com uma grande rede de câmaras e canais internos, como as esponjas, os tecidos estão em contato direto com o meio ou então muito próximos da superfície corporal . Dessa maneira, a passagem de alimentos , as trocas gasosas e a eliminação de excretas podem ser facilmente executadas por difusão direta. Esse processo , relativamente lento, é eficiente apenas quando as distancias a serem percorridas pelas substâncias são pequenas. Com a evolução, porém, os animais se tornaram mais complexos, e muitos deles, mais volumosos, ficando seus tecidos e órgãos cada vez mais distantes entre si e do meio exterior. A difusão direta já não era mais suficiente para promover trocas rápidas entre as células e o meio. O surgimento de um sistema transportador veio, então, garantir a circulação das substâncias pelo corpo, efetuando a distribuição de alimentos, a retirada de excretas e as trocas gasosas. Esse sistema é basicamente constituído por uma rede de vasos; um órgão propulsor, o coração; e um tecido liquido, o sangue.  Um estudo completo do sangue foi feito no volume I, na umidade Histologia, mas cabe aqui uma rápida revisão, especialmente com referência ao plasma e às hemácias. Contém aproximadamente 90% de água. Nele estão dissolvidas proteínas como a albumina, as globulinas, o fibrinogênio , as aglutininas, os anticorpos e muitas enzimas. Além disso, encontram-se no plasma aminoácidos, açúcares, colesterol, lipídios simples e substâncias resultantes da digestão, que são distribuídas às células. Há ainda materiais da excreção nitrogenada, como uréia, ácido úrico e creatinina, removidos dos tecidos. Da composição do plasma fazem parte também vitaminas, hormônios e sais minerais. As hemácias humanas (eritrócitos) são células discóides, bicôncavas e anucleadas. Em cada mm³ de sangue humano há cerca de 5 milhões delas, carregadas de hemoglobina , um pigmento respiratório transportador de oxigênio. A hemoglobina forma um composto instável com o oxigênio. Essa propriedade garante uma pronta combinação com o oxigênio nos órgãos respiratórios, onde há alta tensão do gás, e fácil liberação desse oxigênio nos tecidos, onde ele se encontra em baixa tensão.


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