A expansão capitalista do século XIX foi profundamente diferente da colonização mercantilista do século XVI. Naquela época, as metrópoles preocupavam-se em garantir seus domínios através da exploração e povoamento , sem ambicionar novas áreas coloniais. O imperialismo do século XIX não pretendia povoar , mas sim garantir o aproveitamento econômico das regiões conquistadas e transferir para essas áreas os problemas capitalistas da Europa (Crises de Produção, crises de mão-de-obra). Esse novo colonialismo não implicava necessariamente a subordinação pela força de novos territórios. Em muitos países, conservava-se a independência política, mas manipulava-se para conseguir exclusividade na exploração das matérias-primas e monopólios na implantação de indústrias . Sob uma falsa soberania política , atrelavam-se nações inteiras ao julgo de potência imperialistas (esse sistema recebeu o nome de protetorado). Outra forma de manipulação, utiliza principalmente pelos ingleses , consistia na aliança com as elites dirigentes de alguns países. A aliança da Inglaterra com os marajás hindus é bem ilustrativa. Com o apoio dos marajás , a Inglaterra dominou praticamente todo o território da Índia, constituindo ali uma fonte duradoura de riquezas para a Coroa britânica e um lugar seguro para os investimentos da burguesia ingleses. Ainda havia um outro recurso utilizado : inspirando-se na velha máxima "dividir para reinar", os grandes países estimulavam as rivalidades existentes num mesmo território. Quando essa rivalidade atingia a luta armada , esses países, agindo como pacificadores, impunham seu domínio sobre a região , colocando elementos de sua confiança no governo.
