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terça-feira, 21 de novembro de 2017

A Questão dos Trabalhadores


Os pobres sempre existiram , mas , com a industrialização , os problemas enfrentados pelos assalariados nas fábricas converteram-se numa preocupação especial. Os artesãos foram desaparecendo à medida que o número de trabalhadores fabris aumentava pela multiplicação das máquinas. Para competirem com os artigos mais baratos produzidos nas fábricas, tentaram de tudo. Começaram por rebaixar o nível de seus talentos, reduzindo o tempo de aprendizagem ou obrigando seus auxiliares a trabalharem maior número de horas com materiais de baixa qualidade. Sem sucesso , foram definhando em toda parte , enquanto as fábricas se estabeleciam. Os operários das fábricas diferiam dos artesãos em muitos aspectos. Geralmente , eram recém-chegados de áreas agrícolas e não possuíam nenhuma habilidade artesanal ou a tradição de trabalhar em grupo. Muitas vezes , vinham para as fábricas sozinhos e assim permaneciam até poderem sustentar a família na cidade, ou eram homens e mulheres solteiros , que não encontravam emprego como criados ou agricultores nas vizinhanças de seus lares. Ingressavam rapidamente em indústrias em desenvolvimento , onde eram comuns as longas jornadas de trabalho- às vezes de quinze horas. Viviam com frequência em moradias abarrotadas , em condições miseráveis. Os operários viviam em regime de privações. Trabalhavam com 20 a 100 outros empregados e tinham pouco contato com seus patrões . Além , havia os capatazes , contratados para fazê-los trabalhar duramente e com eficiência . Assim , sua relação com o ambiente da cidade era pequena , pois passavam a maior parte do tempo nas fábricas.  A Igreja, que poderia servir de refúgio e consolo , geralmente parecia intimidadora , inacessível.

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