As folhas apresentam uma grande diversidade de formas , o que revela não só adaptações a diferentes meios, mas também a capacidade de executar várias funções bastante especializadas. Nas plantas de regiões áridas, elas são em geral pequenas e duras , devido à presença de tecidos de sustentação mecânica , sendo chamadas de xeromorfas . Às vezes ,as folhas ficam reduzias a pequenas escamas ou se transformam em espinhos , como nas cactáceas, o que resulta em boa economia de água para a planta de regiões úmidas , ao contrário , as folhas são em geral grandes , sem tecidos de sustentação. São chamadas de hidro-morfas . Nas que crescem à sombra (umbrófilas), há maior quantidade de clorofila para garantir uma boa taxa de fotossíntese e , por isso , elas têm um verde mais escuro. Uma folha simples completa tem uma bainha no ponto de inserção no caule , um pecíolo e uma lâmina , o limbo. Nas folhas compostas , o limbo está subdividido em dois ou mais folíolos . As bainhas podem ser bem grandes , em forma de uma canaleta que envolve parcialmente o caule , como nas palmeiras e bananeiras; ou bem pequenas, em forma de dilatações na base do pecíolo. Na axila das folhas , junto à bainha , entre o pecíolo e o caule , podem se formar gemas , cujos tecidos de crescimento ficam protegidos por pequenas e delicadas escamas. Com frequência , as folhas se apresentam bem modificadas em forma e função, podendo até perder sua característica principal de órgão fotossintetizante, adquirindo , inclusive , outras cores. Este é o caso das brácteas, semelhantes a pétalas , encontradas no antúrio , na primavera e na flor-de-papagaio. Os catafilos , ao contrário , são pequenas folhas modificadas , verdes , em forma de escamas sobrepostas , que protegem as gemas . Os catafilos dos bulbos de cebola acumulam reservas. As gavinhas de ervilha e os espinhos de cactáceas também podem ser folhas modificadas. Ao contrário , espinhos de laranjeiras e gavinhas de maracujá , caulinares , crescem a partir de gemas. Bem diferentes e altamente especializadas para a captura de insetos são as folhas das plantas carnívoras, verdadeiras armadilhas , ricas em estruturas secretoras de enzimas digestivas. Também merecem citação as folhas das plantas suculentas (família das crassuláceas) , que emitem brotos nas margens do limbo, responsáveis por uma eficiente reprodução vegetativa , assexuada. É o caso da folha-da-fortuna e do Kalanchoe. Isso também se observa nas folhas das begônias.
