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sábado, 28 de outubro de 2017

Teoria Neomalthusiana


Em 1945, com término da Segunda Guerra , foi realizada a conferência de São Francisco (Estados Unidos), na qual foi criada a ONU. Na ocasião, foram discutidas estratégias de desenvolvimento , para evitar a eclosão de um novo conflito militar em escala mundial. Havia apenas um ponto de consenso entre os participantes : a paz depende da harmonia entre os povos e , portanto, da diminuição das desigualdades econômicas no planeta. Assim sendo, como explicar e, mais difícil ainda , enfrentar a questão da miséria nos países pobres , na época , chamados subdesenvolvidos? Esses países buscaram identificar a raiz de seus problemas na colonização de exploração realizada em seus territórios e na desigualdade das relações comerciais que caracterizaram o colonialismo e o imperialismo.  Por isso, passaram a propor amplas reformas nas relações econômicas, em escala planetária , que diminuiriam as vantagens comerciais e, portanto, o fluxo de capitais e a evasão de divisas dos então chamados países subdesenvolvidos em direção aos desenvolvidos. Nesse contexto histórico, foi formulada a teoria demográfica neomalthusiana , uma tentativa de explicar a ocorrência da fome e o atraso em muitos países . Essa teoria defendida por setores da população e dos governos dos países desenvolvidos- com o intuito de se esquivarem das questões socioeconômicas centrais. Segundo essa teoria , uma numerosa população jovem, resultante das elevadas taxas de natalidade e que  eram verificadas em quase todos os países pobres, necessitaria de grandes investimentos sociais em educação e saúde. Com isso, sobrariam menos recursos para serem investidos o pleno desenvolvimento das atividades econômicas e , consequentemente, da melhoria das condições de vida da população. Ainda segundo os neomalthusianos, quanto maior o número de habitantes de um país, menor a renda per capita e a disponibilidade de capital a ser distribuído pelos agentes econômicos. Verifica-se que essa teoria , embora com postulados diferentes daqueles utilizados por Malthis , chega a mesma conclusão: o crescimento populacional é o responsável pela ocorrência da pobreza. Seus defensores passaram a propor , então, programas de controle de natalidade nos países pobres e emergentes mediante a disseminação de métodos anticoncepcionais. Era uma tentativa de enfrentar problemas socioeconômicos com programas de controle da natalidade e de acobertar os efeitos danosos dos baixos salários e das péssimas condições de vida- serviços de educação e saúde precários - que vigoram naqueles países, com base apenas em uma argumentação demográfica. Além do mais, afirmar que, naquela época, os chamados países subdesenvolvidos desperdiçavam investimentos sociais um dinheiro que deveria ser destinado ao setor produtivo é uma conclusão bastante simplista.

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